sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Abandonado


Rodolfo Pamplona Filho

Estou abandonado,
com a sensação de que
nunca mais vou viver
aquilo que me tornava pleno.

Estou abandonado,
sentindo profunda falta
de quem renovava minha alma
e incentivava eu ser eu mesmo.

Estou abandonado,
como um cão sem dono,
que morre pouco a pouco,
no avanço de cada desconforto.

Estou abandonado
e tenho medo
de nunca encontrar
o meu caminho novamente.

Miami, 29 de dezembro de 2018.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Manual


Victor Hugo de Afonso


Abrace seus sonhos,

Imprima seus ideais,

Recorra a fé,

Persista...

Insista....

Negue seu orgulho,

Mantenha seu orgulho,

Refrigere seu olhar,

Mas não perca de vista seu alvo!


Beije cada momento,

Sorria desalentos,

Chore tristezas,

Chore felicidades.


Tire dos ombros a mochila do fardo,

Carregue no peito o bom,

Seja soberano,

Seja insano,

Ao menos uma vez.



Esteja sempre disposto ao novo,

Seja plural!

Invente,

Reinvente.


Reprima o negativo,

Ignore os abutres,

Ame,

Apaixone - se.


Faça um café forte,

Tire o pigarro,

E escreva suas linhas.



quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A Causa de Tudo



Rodolfo Pamplona Filho

A Causa de Tudo
é o que nos faz sofrer
A Causa de Tudo
é o que dá vontade de morrer
A Causa de Tudo
independe do que você faça
A Causa de Tudo
me deixa sem graça
A Causa de Tudo
doi fundo no peito
A Causa de Tudo
me diz respeito
A Causa de Tudo
não é o problema em que você se meteu
A Causa de Tudo
sou eu.

Salvador, 15 de janeiro de 2018.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

A PAZ



Manoel Hermes

Que é a paz senão a sensação de tranquilidade

Acalmação do corpo e da alma

Luz brilhante a iluminar uma escuridão brutal

Nascida da incompreensão e egoísmo humanos

Que com o uso de armas mortais destrói irmãos

Pessoas inocentes que amam a vida e choram

Deitadas sobre os corpos dos entes queridos idos

Vítimas dos cruéis indivíduos assassinos,

Impiedosos vampiros que se realizam com o sangue

Sugado no corpo dos seres bons, e salpica o chão,

Que umedecido se vê enlameado e triste

Mancha avermelhada causada por homens levianos

II

Que é a paz senão o prazer de viver em alegria

Flor nascida dentro das gentes felizes

Que sorriem sempre com tudo de presença bela,

Candura brotada sem mágoa e rancor no coração

Semente plantada com sincera e meiga afabilidade

Que com suas gotas de pureza na molhação

Germina flores cheias de amor e encanto

III

Que é a paz senão o ouvir dos pássaros o seu cantar

Em trinados fortes percebidos a distantes lugares,

Escutados, soam com suavidade na direção certa,

Na reta caminhada, com sol, ou noite enluarada,

Até ao encontro das águas dos rios e dos mares

Que entoam com suas ondas brancas e altas

Alegres sinfonias musicais, harmônicas, cadenciadas,

Em variados escalas e compassos nas claves

Emitem a voz da natureza orquestrada em sons mágicos

Deleito do espirito calmo que ao encontro vai

Na flutuação com a melodia circundante no espaço,

Mensageira da esperança e da certeza de perguntar:

Que é a paz senão querer ser livre e com liberdade